sábado, 20 de setembro de 2014

Limites

Acho uma bobagem dizerem que os presidiários comem as nossas custas. Nós todos comemos as custas de maquinário e tecnologias que nos foram legados por gerações que já morreram.
Somos sete (7) bilhões de habitantes e nunca poderíamos, com nosso suor apenas prover nosso alimento.
Cancelar os outros pela pena de morte, responde ao desejo que temos de cancelar por decreto a parcela de humana monstruosidade que nos habita. O ódio pelos criminosos só encontra amparo num conhecimento íntimo do mal.
Quando os europeus chegaram as praias das Américas, os índios que não eram, entre eles um exemplo de cordialidade, não puderam odiar seus algoses. O que os Europeus iriam fazer era impensável para os nativos americanos.
Então ao odiarmos o crime hediondo, demonstramos uma forma de entendimento do que é hediondo: é aquilo que reprimimos em nós mesmos como impulso. Nossa raiva é de que os que ultrapassam os limites, ameaçam nossa frágil auto-contenção.

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